A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria possíveis esquemas de corrupção no Ministério da Educação (MEC) do governo de Jair Bolsonaro (PL) corre risco de ser engavetada após a retirada da assinatura de três senadores. Entre eles, está Weverton Rocha (PDT), pré-candidato ao governo do Maranhão.
O Portal Guará entrou em contato com a assessoria do parlamentar buscando a justificativa para a retirada de sua assinatura, mas não obteve respostas. Desde o recuo dos senadores, divulgado neste domingo (10) pela imprensa, Weverton não emitiu posicionamentos sobre o assunto.
Além de Weverton, retiraram as assinaturas os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos/PR) e Styvenson Valentim (Podemos/AC). Para ser protocolada, a comissão precisaria ter, no mínimo, 27 assinaturas – mas, após a debandada, conta apenas com 24 nomes. Uma vitória do governo Bolsonaro.
A CPI
O pedido de abertura da CPI é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP). A proposta é investigar supostos esquemas de corrupção envolvendo o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro, pastores e prefeitos.
Um dos pastores envolvidos, Gilmar Santos, que teria pedido uma barra de ouro a um prefeito em troca de recursos do MEC, protagoniza um vídeo ao lado de Weverton Rocha no lançamento de uma Bíblia de estudos. Depois da publicação das matérias revelando o possível esquema, a gravação sumiu das redes sociais do senador.