O anúncio feito pelo governador Carlos Brandão, no último dia 30 de junho, sobre o reajuste salarial de 20% para policiais e bombeiros militares do Maranhão provocou reações distintas dentro e fora da Assembleia Legislativa. A medida foi inicialmente celebrada como um avanço na valorização da segurança pública, mas passou a ser contestada por parlamentares da oposição e por parte de alguns integrantes da própria categoria militar.
Segundo parlamentares opositores a base o reajuste anunciado não representa, na prática, os 20% prometidos. Isso porque 6% desse total já haviam sido concedidos anteriormente, por meio de acordo firmado em meses anteriores. Ou seja, o aumento real seria de apenas 14%, o que levou parte da classe a considerar o anúncio do governo como “fantasioso” ou “incompleto”.
Na Assembleia Legislativa, deputados da base governista defenderam a proposta de Brandão, alegando que o reajuste coloca os salários dos militares do Maranhão como os terceiros maiores da região Nordeste, reforçando a política de valorização da categoria.
Por outro lado, oito parlamentares da oposição se articularam para protocolar uma emenda ao projeto original, propondo um reajuste real de 20% integrais, sem contabilizar percentuais já concedidos anteriormente. Pela proposta dos opositores, o reajuste seria aplicado em duas parcelas de 10%, garantindo o cumprimento do que, segundo eles, foi publicamente prometido pelo Executivo.
A emenda apresentada é tratada como um ato de “justiça com os profissionais da segurança pública”, e os deputados autores pedem o apoio dos colegas da base para que a proposta avance, evitando o que consideram como um “reajuste maquiado”.
A matéria ainda será discutida nas comissões da Casa antes de ir à votação em plenário. Enquanto isso, representantes das corporações militares acompanham de perto o desdobramento, pressionando por um reajuste que atenda de forma plena as expectativas da tropa.