Um idoso de 64 anos, identificado como José Ribamar Araújo, sofreu uma queda e bateu a cabeça neste sábado (5) ao escorregar no piso do Entreposto Pesqueiro do Maranhão, em São Luís. O acidente reacendeu as críticas sobre o tipo de revestimento usado no local, considerado inadequado por comerciantes e frequentadores desde a inauguração do espaço, em março deste ano.
Segundo testemunhas, o idoso teve sangramento e foi socorrido pela família antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que demorou cerca de 1h30 para atender à ocorrência. Quando a equipe chegou, a vítima já havia sido levada ao hospital. O estado de saúde de José Ribamar ainda não foi atualizado.
De acordo com os comerciantes, o piso torna-se extremamente escorregadio devido à água do degelo das caixas de pescado e do gelo utilizado no manuseio dos produtos. “Não é adequado para nosso tipo de trabalho. Já foram várias quedas. Estamos lutando com o Governo do Estado para resolver isso”, afirmou a comerciante Luziane Pinto.
A situação também preocupa a Associação dos Pescados e Mariscos do Maranhão. Para o presidente da entidade, Neilson Pereira, o problema afeta diretamente a segurança e as vendas no entreposto. “Essa situação é ruim para todos nós. O governador e as secretarias envolvidas precisam agir e mudar esse piso”, declarou.
Alguns trabalhadores reconhecem que o material usado não é de má qualidade, mas sim incompatível com a realidade do local. “O erro foi não consultarem quem já trabalha aqui. O piso não é ruim, mas não serve para esse ambiente”, disse o comerciante Carlos Diniz.
O que dizem as autoridades
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sagrima) informou que está ciente do acidente e lamentou o ocorrido. Segundo a pasta, já estão em andamento estudos e testes para substituição do piso por um material que atenda às normas da Vigilância Sanitária e às necessidades dos permissionários do espaço.
Já a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) explicou que o Samu foi acionado e o chamado inserido no sistema de regulação, que prioriza casos conforme a gravidade e disponibilidade das equipes. A demora no atendimento, segundo a nota, foi causada pela simultaneidade de outras emergências em curso no momento do chamado.