Por Janilson Silva
O ministro Flávio Dino (STF) teve papel decisivo na escolha da ex-secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, Estela Aranha, para uma vaga no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A indicação, anunciada pelo presidente Lula (PT) nesta quinta-feira (10), reforça a influência de Dino no Judiciário e no governo, mas também expõe tensões no Supremo Tribunal Federal.
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Estela, que integrou a equipe de Dino no Ministério da Justiça, foi indicada por ele para assessorar a presidente do STF, Cármen Lúcia, após deixar o governo. Segundo fontes, o ministro Gilmar Mendes (STF) sugeriu o nome de Estela a Dino durante a formação da equipe da pasta. Sua nomeação ao TSE superou a ministra substituta Vera Lúcia Santana Araújo, apoiada pela primeira-dama Janja e pelo ministro Ricardo Lewandowski.
A escolha de Estela consolida a articulação política de Dino, que desde sua chegada ao STF em fevereiro mantém interlocução ativa com o Planalto. O ministro também foi peça-chave na recondução de Floriano de Azevedo Marques ao TSE, nome defendido pelo colega de corte Alexandre de Moraes.
A decisão de Lula ocorreu após o TSE adotar listas separadas por gênero para as vagas, critério estabelecido por Cármen Lúcia. As nomeações serão publicadas em edição especial do Diário Oficial da União.