sábado, 6 setembro, 2025
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Artigo de Simplício Araújo

Essa é a pergunta que muita gente me faz. Vou explicar da forma mais simples possível — e também dar minha visão sobre a eleição de 2026, quando duas vagas estarão em jogo no Maranhão.

Muita gente que se diz “expert em política” gosta de falar que senador se elege pela conjuntura.

Traduzindo: quem manda é o Palácio dos Leões ou quem ganha a eleição para governador. O candidato ao Senado vai no “bolo”, no pacote, no vácuo.

É assim há anos. O discurso é sempre o mesmo: “o governador precisa de senador”. Mas, depois da eleição, o senador não serve nem para o governador e muito menos para o povo. Passam os oito anos pendurados na barra da saia do governo federal ou estadual — e o povo? Esquecido.

Nenhum senador maranhense se levantou pelos aposentados maranhenses roubados, ninguém gritou pelas mortes da ponte em Estreito, ninguém moveu uma palha contra os mais de 20 mil empregos maranhenses ameaçados pela guerra tarifária com os EUA. É esse o retrato.

E por que isso acontece? Porque ser candidato a senador virou um jogo de esperteza: o sujeito precisa ser sagaz o bastante para enrolar cabos eleitorais, prefeitos, deputados. No fim, ninguém arranca um centavo dos candidatos a senador. Eles só se elegem porque vêm no “combo” do governador ou de quem estiver no poder.

Em 2016 o jogo pode mudar. A favorita, até agora, é Roseana Sarney. E sabe por quê? Não é governadora, não manda em prefeitos, não preside partido — mas tem mais simpatia popular que o próprio Carlos Brandão. Só aparece um pouco atrás dele nas pesquisas porque Brandão está sentado na cadeira de governador.

Enquanto isso, os outros candidatos — que já tiveram oito anos para mostrar serviço — agora precisam se ajoelhar no Palácio dos Leões ou achar um candidato a governador que os carregue.

Mas vamos lembrar o básico: senador não é para puxar saco de governador. Senador é para fiscalizar o governo estadual, as prefeituras e o governo federal. É para defender o povo, não para empregar parentes ou virar sócio de contratos.

Se o Maranhão quiser virar esse jogo, a mudança está nas mãos do povo. Não adianta votar só porque recebeu uma vantagem no dia da eleição, ou nem isso. É hora de votar por identidade, por simpatia verdadeira, por capacidade de representar.

Chega de senador de prefeito, senador de deputado, senador de palácio. Está na hora de termos, pelo menos, um senador do povo.

É assim que deveriam ser eleitos os senadores! Concorda?

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