terça-feira, 9 setembro, 2025
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A sessão desta terça-feira (1º) na Assembleia Legislativa do Maranhão foi marcada por embates entre os deputados Adelmo Soares e Rodrigo Lago (PCdoB), após novo discurso crítico ao governo do Estado feito por Lago na tribuna. O tema central da discordância foi o reajuste salarial de 20% anunciado pelo governo para policiais militares e bombeiros.
Durante seu pronunciamento, Rodrigo Lago contestou o reajuste, alegando que o aumento real seria de 14%, já que 6% seriam referentes a parcelas anteriormente acordadas.

A fala provocou reação imediata de Adelmo, que apontou incoerência nas críticas do PCdoB, partido que, segundo ele, segue ocupando cargos na gestão estadual. “O PCdoB deveria se reunir e entregar os cargos dentro do governo, ao invés de subir à tribuna toda semana falando mal do governo”, disse Adelmo, em tom crítico.

O deputado também elogiou o governador Carlos Brandão, destacando que, mesmo diante das críticas constantes do PCdoB, mantém representantes do partido em sua equipe. Segundo ele, essa atitude demonstra maturidade política, mas, pessoalmente, afirmou que teria adotado uma postura mais dura.

“Brandão é tão bom que ainda mantém uma secretaria do PCdoB. Se fosse eu, já teria dito: ‘meu irmão, desocupa e sai do cargo’”, declarou.

Ainda durante o discurso, Adelmo afirmou que os 20% anunciados representam uma “mudança total de conjuntura” e reforçam o compromisso do governo com as forças de segurança. Ele também ironizou a atuação da deputada Ana do Gás (PCdoB), dizendo não entender como o partido pode votar de um jeito e, ao mesmo tempo, se posicionar de outro. “Não pode morder e assoprar. Não é justo utilizar o governo para fazer política”, concluiu.

PCdoB responde

Logo após as declarações, o deputado Júlio Mendonça (PCdoB) saiu em defesa da legenda. Ele ressaltou a importância do PCdoB na eleição do governador Brandão e rebateu a fala de Adelmo, afirmando que o colega sofre de “amnésia seletiva” em relação à história política do Maranhão.

“O PCdoB é um partido honrado e nunca teve dificuldade em fazer autocrítica. Seguiremos defendendo o povo do Maranhão porque esse é o nosso dever aqui”, afirmou Júlio, acrescentando que não sabe quais cargos do governo estariam sob controle do partido atualmente.

A troca de farpas expõe tensões dentro da base governista e acende o alerta para possíveis desdobramentos nas relações entre os partidos aliados, especialmente diante de temas sensíveis como reajustes salariais e ocupação de cargos no Executivo.

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