sexta-feira, 12 setembro, 2025
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A sessão desta terça-feira (25) na Assembleia Legislativa do Maranhão foi marcada por um debate entre os deputados Yglésio Moyses (PRTB) e Rodrigo Lago (PCdoB), em meio à polêmica envolvendo a retirada de R$ 141 milhões do Porto do Itaqui para o Tesouro Estadual em 2018, durante a gestão do ex-governador Flávio Dino.

O deputado Dr. Yglésio subiu à tribuna com base em documentos oficiais com marca d’água do portal O Informante, afirmando que, o atual governador Carlos Brandão não fazia parte do Conselho de Administração da EMAP na época da aprovação da manobra, em 28 de maio de 2018, já que sua nomeação oficial só ocorreu em 22 de outubro daquele ano.

A fala foi uma resposta às declarações anteriores de Lago, que havia atribuído a Brandão participação na decisão. Rodrigo reagiu apresentando o currículo institucional de Carlos Brandão, que aponta que ele presidiu o conselho da EMAP por dois mandatos. De acordo com o parlamentar, Brandão ocupou o cargo por dois mandatos, entre maio de 2016 e tendo ele permanecido até maio de 2018, tendo se afastado apenas por exigência da legislação eleitoral, e retornado em outubro do mesmo ano após ser reeleito como vice-governador.

Rodrigo Lago também questionou a versão da matéria, alegando que ela ignora o histórico anterior de Brandão no conselho e baseia-se em uma análise parcial dos fatos. Ele ainda sugeriu motivações políticas nas críticas de Yglésio, apontando que ele fez parte do governo Dino até o último dia e possivelmente teria um ressentimento por não ter sido escolhido como vice-líder do governo, cargo para o qual ele se candidatou na época.

O caso envolvendo a retirada dos R$ 141 milhões do Porto do Itaqui gerou investigações por órgãos como o TCU, ANTAQ e Ministério Público Federal, sob suspeita de uso indevido de recursos públicos. Em junho deste ano, o juiz Clodomir Sebastião Reis anulou a própria sentença que havia determinado a devolução do montante ao caixa da EMAP, alegando erro processual, já que a tramitação da ação estava suspensa.

Apesar da decisão judicial, o episódio continua sendo motivo de embates na Assembleia Legislativa. Parlamentares seguem trocando acusações, com aliados e opositores disputando a narrativa sobre quem teria responsabilidade direta na operação aprovada em 2018. O tema segue politicamente sensível e longe de um consenso na Casa.

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